Proteção
Ações buscam intensificar vacinação contra a febre amarela
Além de campanha no mês de agosto, Censo na Zona Rural leva imunização a moradores do campo, na Zona Sul
Divulgação -
Duas ações - desencadeadas em paralelo - ganham força em toda a Zona Sul, com objetivo de ampliar a vacinação contra a febre amarela, que pode levar à morte de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença. Desde o começo de julho, um Censo Vacinal passou a percorrer a Zona Rural dos 22 municípios da região para contagem de habitantes, revisão das Carteiras e acesso à imunização. Até a tarde de quinta-feira (8), 9.046 doses já haviam sido aplicadas entre moradores do campo; o equivalente a menos de 50% do público-alvo: pessoas dos nove meses de idade aos 60 anos incompletos. Uma campanha nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, durante o mês de agosto, também promete fazer grande chamamento à população.
A 3ª Coordenadoria Regional de Saúde distribuiu uma primeira remessa, na quinta, com 40 mil doses às 22 cidades, que se encarregarão de fazer as vacinas chegarem à rede básica de saúde. “Até junho, antes dessas medidas, a nossa cobertura era de apenas 16% entre as zonas urbana e rural, embora desde janeiro de 2018 toda a nossa região passou a ser área de risco, com recomendação para vacina da febre amarela”, destaca a responsável pelo setor de Imunizações da 3ª CRS, Cláudia Berardi. E é bom lembrar: o ideal é que os índices sempre alcancem, ao menos, os 95%.
Busca ativa realizada por agentes comunitários de Saúde, orientações nas salas de espera das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), distribuição de material informativo, rodas de conversa nas escolas. Cada um dos municípios definiu uma lista de ações para investir em prevenção e divulgar a importância da vacina. O Censo na Zona Rural se transformou, portanto, em mais uma das estratégias de proteção. Sem falar nas equipes de Vigilância Ambiental que atuam para combater a proliferação do mosquito vetor.
Confira as doses aplicadas com o Censo na Zona Rural (*)
Amaral Ferrador: 31
Arroio do Padre: 13
Arroio Grande: 740
Canguçu: 1.335
Capão do Leão: 400
Chuí: 66
Cerrito: 108
Cristal: 88
Herval: ainda não começou
Jaguarão: 174
Morro Redondo: 42
Pedras Altas: 64
Pedro Osório: 25
Pelotas: 1.314
Pinheiro Machado: 58
Piratini: 42
Rio Grande: 1.635
Santa Vitória do Palmar: 128
Santana da Boa Vista: 53
São José do Norte: 187
São Lourenço do Sul: 1.209
Turuçu: 84
Total até a tarde de quinta: 9.046 doses aplicadas
Fique atento!
Quem deve tomar a vacina: todos os moradores da Zona Sul, na faixa etária entre os nove meses e os 60 anos incompletos, que nunca tenham tomado a vacina.
Quantas doses? Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Quando: O mês de agosto será marcado por campanha, mas a vacina para febre amarela deve estar sempre disponível na rede básica da Zona Sul, já que a área é considerada de risco para doença.
E quem não vive em áreas com recomendação para vacina? Deve procurar a imunização até dez dias antes de viajar para um desses locais.
Situações que exigem precaução: Cidadãos com 60 anos de idade ou mais, gestantes, mulheres que estejam amamentando crianças menores de seis meses de idade e portadores de comorbidades. Nessas situações, um médico deverá avaliar a relação de risco/benefício, ao colocar na balança o risco da doença e de eventos adversos pós-vacinação. Em caso de doenças agudas febris, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação.
Contraindicações: Bebês abaixo dos seis meses, pacientes com imunodepressão de qualquer natureza, como transplantados e portadores de tumor benigno ou maligno, história de reação anafilática relacionada a substâncias da vacina ou história de anafilaxia a ovo de galinha.
Saiba mais da febre amarela (*)
O que é: Uma doença infecciosa febril aguda, com dois ciclos de transmissão: silvestre (quando ocorre em área rural ou de floresta) e urbano.
No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos; sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental, ao entrar em áreas de mata.
No ciclo urbano da febre amarela, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos: o mosquito Aedes aegypti infectado.
Detalhe: Não há transmissão direta de pessoa para pessoa.
Sintomas
* Início súbito de febre
* Calafrios
* Dor de cabeça intensa
* Dores nas costas
* Dores no corpo em geral
* Náuseas e vômitos
* Fadiga e fraqueza
Observe e colabore: Ao procurar atendimento médico, informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, assim como se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares visitados, além de picadas de mosquito.
Se você identificar macacos mortos na região onde vive ou está, não perca tempo: informe imediatamente a autoridades do município ou do Estado, de preferência, diretamente a equipes da Vigilância ou do Controle de Zoonoses.
(*) Fonte: Ministério da Saúde
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário